Tijucano raiz, o candidato a vereador pelo Partido Verde quer dar ao bairro histórico do Rio a atenção que ele merece.
Fabiano Carnevale não esconde seu amor pela Tijuca. Está estampado na sua camiseta e no sorriso que abre sempre que conversa com os moradores locais. Nascido e criado nas ruas do bairro histórico da Zona Norte do Rio, o candidato a vereador pelo Partido Verde vive ali até hoje e pôde testemunhar de perto o degradamento da região nos últimos tempos, principalmente após a pandemia. Da sua infância e adolescência, quando brincava e namorava com tranquilidade nos bancos da Praça Afonso Pena, aos anos em que passou a frequentar a área de lazer com a própria filha, sobraram as boas memórias que motivam Fabiano a querer cuidar do lugar e do seu entorno.
A Tijuca era um ponto repleto de fazendas e chácaras de cana-de-açúcar até o final do século XIX, período em que de fato começou a se urbanizar, tornando-se um recanto popular entre a elite carioca. Nas décadas de 80 e 90, o aumento exponencial do número de habitantes e a falta de políticas adequadas acabaram criando desafios para a região, com consequências perceptíveis ainda hoje. Com uma população atual de cerca de 160 mil pessoas, o bairro enfrenta graves problemas de desordem urbana que Fabiano Carnevale promete combater com a seriedade que exigem. “Precisamos fazer um concurso para ampliar o efetivo de guardas municipais nessa área. A grande quantidade de moradores de rua, muitos com questões de saúde mental e vício em drogas, também gera desconfiança e receio na comunidade. Por isso, eu defendo as internações involuntárias. Queremos acolher e oferecer um tratamento digno a esses cidadãos que, na maior parte das vezes, não contam com nenhuma rede de apoio”, afirma o candidato.
A poluição sonora é outro motivo de reclamação constante entre os tijucanos. Após a pandemia, o número de entregadores de aplicativos circulando pela região cresceu consideravelmente e, com isso, o ruído produzido por suas motos, superior ao da serra mármore em algumas ocasiões. “Conversando com esses profissionais nas ruas, constatei que a Tijuca é um dos bairros que mais recebe pedidos de delivery. A poluição sonora é uma questão de saúde pública, causando prejuízos tanto à qualidade de vida da população em geral quanto a dos entregadores, que sofrem com perda de audição e estresse emocional. A circulação de veículos desse tipo tem que ser regulamentada e fiscalizada para o bem de todos”, explica Fabiano Carnevale.
Não é, porém, por se tratar de um bairro grande e populoso, com seus problemas característicos, que a Tijuca não possa conciliar desenvolvimento e preservação do meio ambiente. A Praça Afonso Pena, aquela que Fabiano costuma chamar de quintal da sua casa, possui exemplares de árvores como pau-ferro, oitis, figueiras e cássias tombadas pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), e funciona como um refúgio refrescante para os moradores da região em meio à selva de pedra. “Na época em que fui presidente da Fundação Parques e Jardins do Rio de Janeiro, consegui aprovar uma reforma importante na praça. Caso seja eleito vereador, desejo retomar esse projeto para deixar a Afonso Pena do jeito que ela merece, conservando suas árvores e monumentos históricos. É um espaço simbólico para a Tijuca, assim como as praças Saens Peña e Xavier de Brito. Essas áreas verdes contribuem para um bairro e uma cidade mais sustentáveis e equilibrados”, conta o candidato. O Rio e os tijucanos agradecem, Fabiano.